Au revoir, les enfants

foto R. Martinelli, grafite M. Rodrigues

Grafite em BH

Bom, com esse post me despeço do Clash City Rockers; na minha opinião o melhor e mais contundente blog já surgido por aqui. Agradeço a Cláudio Moreira pelo convite que me foi feito há um ano e meio atrás para ajudar nessa empreitada e a todos que colaboraram e colaboram com o CCR. O mundo gira, os caminhos se encontram, se desencontram e podem voltar a ser encontrar mais à frente.

Os motivos desta parada são vários, mas o principal deles é o momento atual da minha banda, a Theatro de Séraphin, que está lançando o seu primeiro álbum. Como nunca fiz aqui nenhum post sobre a banda, tomo a liberdade de postar o clip que seguiu para MTV esta semana. A música se chama Cólera e o video teve concepção e realização minha e de Artur Ribeiro. Continuo no blog Imago Urbis (link ao lado), para quem se interessar pelas questões imagéticas das metrópoles do mundo. Nos vemos por ai.

myspace.com/theatrodeseraphin

Marcos Rodrigues



Rick Rubin: o toque de Midas


E aí, vai encarar?

por Nei Bahia

Tem gente quem nem sabe pra que serve um produtor, e confesso que eu também tenho essa dúvida em alguns casos. Alguns preferem se produzir, a depender do momento da carreira, outros só admitem produção própria, como Prince, que tem o privilégio de fazer isso desde sua estréia. Esse cara pode tanto ter uma fórmula, onde ele trabalha tem a sua marca, como George Martin, produtor dos Beatles, que conseguiu colocar os 4 caras do rio Mersey na exata fronteira entre o Rock, a Soul music e as Pop songs, ou Eddi Kramer, que foi engenheiro do “Eletric ladyland” de Jimi Hendrix e depois disso ajudou a criar o som pesado nos anos 70 (esse merece um texto particular, coisa para o futuro!). Mais o cara sobre quem vou falar faz seu trabalho tirando do artista o “som dele”, que normalmente ele perdeu ou nem sabe que pode soar assim; seu nome é Rick Rubin, um cara que fala muito pouco, é vegetariano gordo e barbudo como um eremita, e a mais de duas décadas virou o que se pode chamar de midas da produção. Sua principal característica é trabalhar como absolutamente qualquer tipo de artista (vide lista mais adiante), e pode ter certeza, em sua discoteca tem alguma coisa que Rick botou a mão.

Algumas de suas principais crias:


Raising Hell– RUN D.M.C. (1986)
Aqui o Hip-hop botou a cara na tela, sua idéia de gravar “Walk This way” juntando os rappers de NY com os Toxic Twins (Steve Tyler e Joe Perry), fez do clip, do single e do álbum parte da história. Quem viu na época (como eu!) , foi pego de calças curtas e não entendeu tudo de primeira, mais sabia logo de cara que era algo grande! Dica pessoal: prestem atenção no som da bateria de “Perfection”, o nome diz tudo!!


BloodSugar Sex-Magik
Red Hot Chili Peppers (1991)Era uma vez uma grande banda, que não conseguia se encaixar em nenhuma turma, mais já tinha fãs fiéis (como eu desde seu segundo disco, Freak styley). A gravadora já tinha apostado no disco anterior (Mother´s milk), que apesar de muito bom não decolou. Rick então tranca os caras numa casa antiga, lá monta uma espécie de estúdio-comunidade, e pouco tempo depois nasceu o simplesmente 7 vezes disco de Platina que colocou os caras no lugar que estão até hoje. Ouça tudo, mais preste atenção em “Naked in the rain” e ”I Could Have Lied”.



Série American – Johnny Cash
O objetivo inicial aqui era mostrar ao mundo quem era o “Homem de preto” com repertório de blues clássicos e covers, para pessoas “antenadas”, mais não foi só isso. Acabou sendo o maior êxito artístico de Rubin, já indo para o seu quinto volume, que saiu de forma póstuma agora em Junho de 2006.



Slayer - Reign In Blood (1986)
São 28 minutos de coice na cabeça! Tom Araya (vocal, baixo); Kerry King, Jeff Hanneman (guitarras); Dave Lombardo (bateria) agarraram a oportunidade de ter alguém que os entendesse e fazem um dos discos fundamentais do Death Metal. Talvez seja essa fúria que o Metallica está procurando, pois Rick será o produtor do seu próximo disco. A lista já é muito grande, de Tom Petty (Wildflowers, Echo), até Beastie Boys (Licensed to Ill). Na cozinha de Rick tem tempero pra tudo!!

Podcast da Hora do Rock


Velvet Underground, com Andy Warhol e Nico

Na primeira edição o programa, que tem o comando de Gabriela Almeida, traz um especial do Velvet Underground.