Rainbows to a New Year



É, não tem jeito. Em que pese o choro dos detratores ou da turma que só gosta do que não faz sucesso, o Radiohead continua sua trajetória para se tornar uma das bandas mais importantes do mundo, colocando o circuito indie e o mainstream aos seus pés.

A banda não só terminou o ano de 2007 com um estrondoso case de sucesso e um disco que faz jus ao hype, como já entra 2008 consolidando a posição que atingiu.

No réveillon deste ano um programa de 01 hora com a banda tocando ao vivo vai ser exibido na TV de Al Gore, a Current TV, em transmissão simultânea pela web. Entra no programa todo o repertório do In Rainbows e alguns boatos falam da inclusão de uma cover de Siouxsie and The Banshees.

Abaixo um presentinho do selo norteamericano da banda, a TDB Records, com informações diversas e vídeos da Radiohead TV com a banda em estudio.

Feliz 2008!

E 2007 dançou!


LCD Soundsystem


01. Sound of Silver - LCD Soundsystem
02. Ga Ga Ga Ga Ga - Spoon
03. Myths of the Near Future - Klaxons
04. Neon Bible - Arcade Fire
05. Back to Black - Amy Winehouse
06. Wincing the Night Away - The Shins
07. Our Love to Admire - Interpol
08. In Rainbows - Radiohead
09. Favourite Worst Nightmare - Arctic Monkeys
10. 23 - Blonde Redhead

Passando a régua em 2007. Aqui esta a minha listinha dos 10 melhores do ano. Claro, muitos outros poderiam estar ocupando posições nesse rank, mas a opção foi pelos artistas que de certa forma causaram alguma surpresa, apontaram para o futuro, emocionaram, essas coisas. São os casos de bandas com Blonde Redhead e Spoon, ambas com anos de estrada e que lançaram esse ano álbuns que são marcos divisórios nas suas carreiras. Ou o caso da trouble junkie Amy Winehouse com sua voz e grooves northern soul, irresistivelmente sexies.

De todos os lançamentos do ano há ainda que se considerar a consolidação da união mais que bem vinda da dance music com o rock. São os exemplos do LCD Soundsystem, com Sound of Silver e do inovador Myths Of The Near Future, dos Klaxons; vigorosa fusão de psicodelia - renovada pelas smart drugs - guitarras, dance beats e uma caótica experiência estética construída em referências literárias que passam por Aleister Crowley, William Burroughs e J.G. Ballard. Se tudo isso parece muito pra você, fique só com o som desse trio londrino; definitivamente um caminho novo:



Boom Bahia - drops



Boom Bahia III . 15 e 16 Dezembro . Salvador

Na sequência: Pessoas Invisiveis, Theatro de Séraphin, Cascadura, Rebeca Matta, Montage, Snooze, Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta, Retrofoguetes, Wander Wildner e Messias Bandeira, nas considerações finais.

Se apresentaram ainda Berlinda, Subaquatico, Alex Pochat e os 5 Elementos e Tagua.

Imagens Osvaldo Silveira, Sora Maia e Don Jorge. Edição, Don Jorge (MTV Salvador).

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Siouxsie and the Banshees



Aproveitando a carona da nota que Chico fez para o Rock Loco, colocamos aqui uma apresentação da Siouxsie no melhor programa de música da televisão francesa (para não dizer que não falei de flores), o Taratatá. A música, Into a Swan, é do novo e magnífico álbum Mantaray, lançado em outubro último. Allez les jeunes filles des Plastiscines, il-y-a des temps encore.

Boom Bahia - balanço

Já está no player bem aqui do lado a nova edição do podcast, com uma visão sobre o Boombahia festival 2007!!

Nei Bahia

Plastiscines

photo D. Didier


Direto ao assunto. Nas próximas semanas, meus caros, seremos bombardeados com as badalações da São Paulo Fashion Week. A edição inverno 2008 vai acontecer entre os dias 16 e 21 de janeiro e vai provocar os burburinhos de sempre. Beldades, celebridades, festas privadas, sexo, cocaína e rock'n'roll. Não necessariamente nessa ordem.

A FIAT vai bancar uma dessas festinhas privées e esta trazendo para o Brasil as parisienses do Plastiscines. Claro que o Lúcio Ribeiro ja se apressou em dizer no seu blog que as lolitas acima são a "atual explosão do novo rock francês", que são "famosas e polêmicas" e todos aqueles chavões que tentam criar o hype nesses tristes trópicos.

Mas o Clash City Rockers coloca os pingos nos 'is'. Não é bem assim. A culpa do burburinho de contornos bem delimitados - o circuito de moda de Paris e New York - é da bíblia de moda e comportamento dos descolados, a revista Nylon, que andou incensando as meninas numa das suas últimas edições e patrocinou uma pequena apresentação do grupo em NY para a Nylon TV e convidados selecionados à dedo (oops), como dj famosos e músicos do Green Day. Pronto; é o suficiente para um certo mundinho fashion de Sampa dizer amém.

Este que vos escreve andou fuçando o circuito parisiense por seis meses, entre casas noturnas, barcos no Sena, bares enfumaçados e casas de baixa reputação e vos asseguro: o rock francês é uma lenda urbana. Ele simplesmente não existe. Claro, claro, logo depois das Plasticines vocês irão ouvir falar do Naast, do Second Sex e do BB Brunes. Mas eles também não existem. São todos produtos de mentes perturbadas que, na melhor das hipóteses, acham que são Libertines ou Strokes.

As model...oops...meninas da Plastiscines até que se esforçam e, entre rockinhos de 3 acordes em francês e inglês e pulinhos com scarpins, vão deixando os marmanjos com cara de bobo e senso crítico abaixo de zero. Normal.

O único disco da banda saiu no início deste ano - LP 1 - e foi produzido por um esquecido Maxime Schmitt, nome por muito tempo associado ao Kraftwerk. Sim, o resultado é muuuito melhor que as meninas ao vivo: uma boa sessão de tortura é ver as apresentações ao vivo da banda no You Tube, onde sobram guitarras desafinadas e muita, muita pose.

É claro que dá pra se divertir vendo a banda. É só esquecer essa bobagem de querer ficar ouvindo rock de verdade e se plantar na primeira fila. Eu, inclusive, quero um convite pra festa da FIAT. E espero que sirvam absinto.


XTC, Dear God

XTC no clip de um dos seus maiores sucessos, Dear God. De um tempo em que combinar rock e inteligência não ofendia. Bom domingo.

Radiohead, In Rainbows, in your hands



Poucas bandas tem avançado tanto no entendimento do atual momento da indústria da música nas suas relações com as novas formas de distribuição de conteúdo digital e interatividade quanto a banda inglesa Radiohead. Depois do sucesso estrondoso da estratégia de disponibilizar todo o novo trabalho, In Rainbows, na net, deixando por conta dos internautas a decisão de quanto pagar pelas músicas, novas surpresas aguardam os fãs que esperam o trabalho no suporte físico.

A embalagem do cd, que chega para o mundo que importa neste fim de ano, é completamente customizável, através de adesivos, deixando, literalmente, nas mãos de quem adquirir a decisão de como formatar a programação visual, como mostra o vídeo de 30s acima. Cool. Pra variar.

Informação pescada no Pitchforkmedia

http://www.radiohead.com/

My Bloody Valentine



E na onda de retornos de bandas dos anos 80, uma das últimas a anunciar a volta aos palcos foi o My Bloody Valentine. O quarteto de Dublin, que fincou base em Londres, é banda seminal da cena shoegaze que varreu a Inglaterra por volta de 1984. Com apenas dois albuns, Isn't anything (1988) e o aclamado Loveless (1991), conseguiram estabelecer um estilo próprio - com guitarras embebidas de distorção, trêmolo e reverbs - e influenciar dezenas de bandas pelo mundo.

O My Bloody Valentine volta aos palcos em junho de 2008 e os ingressos para Londres e Glascow ja estão 'sold out'. Resta ainda lugares no Manchester Apollo para o dia 29 de junho. Quem se habilita?

A volta do Zeppelin de chumbo

photo Getty Image


E na noite desse dia 10 de dezembro de 2007, a Arena de Londres viu a volta do Led Zeppelin, 17 anos após seu último concerto. Todo o Led original; Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e Jason Bohan no lugar do seu pai, John.

18 mil sortudos estavam lá pra ver o Led Zeppelin tocar os seus clássicos - de forma magnífica, segundo os magazines ingleses - e ainda se deliciarem com uma jam no final que incluia Paul MCCartney; Noel e Liam Gallagher, do Oasis, Dave Gilmour, o pessoal do Arctic Monkeys, a Kate Moss (!) e Dave Grohl, dos Foo Fighters.

Entre os VIPs estavam Lá Marilyn Manson, Richard Ashcroft, Roger Taylor, Pink, Sir Mick Jagger, Jeff Beck, Joe Elliot (Def Leppard, lembra?) e mais um monte de gente. É meu amigo, você que não é um rockstar internacional vai ter que se contentar com as resenhas mundo afora e rezar para que as pressões que tentam colocar os velhinhos numa tournée, surtam efeito.

O set list da noite de ontem foi:

'Good Times Bad Times'
'Ramble On'
'Black Dog'
'In My Time Of Dying'
'For Your Life'
'Trampled Under Foot'
'Nobody's Fault But Mine'
'No Quarter'
'Since I've Been Loving You'
'Dazed And Confused'
'Stairway To Heaven'
'The Song Remains The Same'
'Misty Mountain Hop'
'Kashmir'
'Whole Lotta Love'
'Rock And Roll'

Tá bom pra você?

Veja mais aqui: http://www.nme.com/news/led-zeppelin/33080

Echo and The Bunnymen - Live in Amsterdam



Echo and the Bunnymen de novo? É. Só que agora em um concerto completo em Amsterdam. Não gostou? Ah, vai navegar por ai... Mas, se ficou, pega umas cervas - uma garrafa de vinho é melhor - desliga o radio ai ao lado e aumenta o som :)

BooOOOOoom !

photo Lia Seixas

Messias, à direita, mandando uma da Brincando de Deus com a banda Berlinda

Eu só digo uma coisa: eu não digo é nada. Os 'comments' estão ai; manifestem-se. E ainda essa semana podcast especial 'mesa redonda Boom Bahia'.

Montage, do you trust?



Não, você não esta vendo uma foto do Brian Molko, do Placebo. O rapaz de cabelo pink, maquiagem carregada, com caras e bocas ai em cima se chama Daniel Peixoto e é vocalista da banda cearense Montage. O duo de electro rock está na programação do festival Boom Bahia e se apresenta neste sábado, fechando a noite.

Formada em Janeiro de 2005 pelo Daniel Peixoto e por Leco Jucá (groovebox e sintetizadores), os caras seguiram a saga nordestina e migraram pra Sampa no ano passado. Começaram a ficar conhecidos depois da participações em festivais como Abril Pro Rock, Goiania Noise e, sobretudo, pelas duas últimas edições do Campari Rock, quando dividiram o palco com bandas como Justice, Stereo Total e Cardigans. Chamar a atenção não foi difícil. Além de quebrarem a expectativa do lugar comum sonoro que se esperaria de um som vindo do Ceará, a dupla - que eventualmente vira um trio, com a adição de uma guitarra - usa e abusa da teatralidade no palco, ancorada no visual e nos trejeitos andróginos de Daniel.

Musicalmente os caras se dizem influenciados por bandas como Vive la Fete, Daft Punk, Garbage, Peaches, mas também por punk rock, funk carioca e Madonna. Ouvindo músicas como I Trust My Dealer, Ode to My Pills (Benflogin) e Superdrug é possivel, sim, perceber essas influências e também notar que o Montage esta naquele rol de bandas que faz da gestão da sua imagem um ponto tão importante quanto a música que fazem. That's entertainment (industry). Os caras não são novos nisso: Daniel trabalha como modelo profissional e Leco Jucá com produção para a tv.

Para o primeiro album, I Trust My Dealer (2007), se cercaram de Dudu Marote, produtor experimentado que ja fez discos do Skank, Pato Fu, Edgar Scandurra e, entre várias outras coisas, produziu o hit “Só tinha que ser com você”, do Dj Patife e Fernada Porto. O resultado final não é nenhuma revolução musical, mas é acima da média e pode inclusive colocar o Montage no mesmo circuito 'new rave' internacional que o Cansei de Ser Sexy frequenta há dois anos.

Ainda que electro rock não seja a sua, ver o caras no palco nesse sábado pode ser, no mínimo, divertido. E ao final, andrógino, gay ou hetero, se tem um coisa que o rock feito no Brasil perdeu há muito tempo foi a capacidade de mexer com a libido. Pode ser uma tese, mas a verdade é que não faz muito tempo em que em que só estávamos nessa pelo sexo. Em Salvador ninguém vai mais a um show de rock pra ser surpreendido. As noites estão previsíveis e seguras e a probabilidade maior é que niguém coma ninguém. Good times for a change.

Boom Bahia preview + CCR e Rock Loco


A gente tem mania de recomeçar tudo, toda hora, por isso essa é mais uma estréia, a mais caótica possível, com a união do CCR com o Rock Loco na presença de Osvaldão (MTV Salvador) e Chico. É só escolher a opção 02 do player acima para ouvir a bagaça.

As canções são:
Tchello Palma - Qualquer nota
Bruce Springsteen - Radio Nowhere
Kiss - 2000 Man (em homenagem a Cebola)
Foo Fighters - The Pretender
AC/DC - TNT
Theatro de Séraphin - Nada a fazer
Aerocirco - Ser quem sou

E na opção 01 uma edição extraordinária ! Uma amostra do que vai acontecer na praça Tereza Batista - Pelourinho, Salvador nos dias 8 e 9 de dezembro de 2007.